Médicos cobra plano de gestão da saúde

06/05/2015 16/11/2015 20:01 234 visualizações
Em audiência pública realizada para debater problemas e propor soluções para a rede estadual de Saúde, nesta terça-feira, (5/4), na Assembleia Legislativa, a presidente do Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (SIMED-TO), Janice Painkow, cobrou do secretário da Saúde, Samuel Bonilha, a apresentação de um plano que detalhe o modelo de gestão que o atual governo propõe para a saúde. “Não se conhece esse modelo porque ainda não foi apresentado”, afirmou Janice, ao criticar práticas da Secretaria da Saúde em repassar para a iniciativa privada, de forma integral, serviços como a oncologia, em Araguaína e a UTI pediátrica no Hospital Dona Regina. “Trata-se de um processo obscuro no qual não se conhece sequer o termo de referência”, disse. A presidente questionou a forma como o serviço de oncologia de Araguaína foi entregue, sem licitação, para a empresa mineira Instituto Oncológico Ltda. Da demanda original no serviço, decorrente da quebra de uma peça para a máquina responsável pelo serviço de radioterapia, um acordo avalizado pela Justiça, Ministério Público e Defensoria, acabou por terceirizar a integralidade dos serviços de oncologia clínica, que inclui radioterapia, braquiterapia e quimioterapia, de Unidade de Alta Complexidade (UNACON) do Hospital Regional de Araguaína, ao custo anual de R$ 5,5 milhões. A presidente também apresentou um ofício da Sesau para rebater a acusação de que os médicos teriam interrompido os atendimentos eletivos. O ofício contém determinação do governo estadual suspendendo as cirurgias eletivas. “O médico, nesta gestão, está sendo punido”, disse, ao reclamar do tratamento dado pelo governo à categoria médica, que não aceita ser responsabilizada pela má gestão da área, como ficou demonstrada em todas as falas durante as mais de cinco horas de debate. Janice também criticou o calote dado pela secretaria da saúde no pagamento dos plantões extras realizados pelos médicos, corroborando manifestação da Defensoria Pública, minutos antes, revelando que mesmo servidores abaixo do teto constitucional estão sem receber pelos plantões extraordinários. A presidente cobra o cumprimento da lei estadual que fixa o pagamento de plantões extras como indenização aos médicos. A audiência terminou sem encaminhamentos, pois as propostas serão votadas na próxima reunião da Comissão de Saúde, Meio Ambiente e Turismo, presidida pela deputada Valderez Castelo Branco (PP), que presidiu a audiência.