SIMED-TO participa de congresso que busca alinhar acadêmicos e movimento médico sindical

01/07/2024 01/07/2024 10:45 91 visualizações

O Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (SIMED-TO) esteve presente no Congresso Acadêmico Sindical da Federação Médica Brasileira realizado em Belém nos dias 28 e 29 de junho, na sede do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa). O presidente, Reginaldo Abdalla Rosa, e a secretária de Finanças, Janice Painkow, representaram o SIMED-TO no encontro que reuniu o movimento médico com estudantes de medicina do Pará, Paraíba, Ceará e Acre.

 

Confira o que ficou debatido no Congresso, conforme divulgação da FMB

 

LANÇAMENTO

A abertura do Congresso também contou com o lançamento da 6° Conferência Internacional de Sindicatos Médicos que será realizada em Fortaleza, de 1 a 3 de maio de 2025. O evento foi apresentado ao público pelo presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, Maximiano Muniz Aguiar. O médico relembrou quando entrou no movimento sindical por meio do Sindicato Estudantil do seu estado e convidou os presentes para o evento do próximo ano.

 

RESIDÊNCIA

A programação teve a participação do médico neurologista e Conselheiro Federal pelo Pará, Hideraldo Cabeça para o Bate-papo sobre especialidades médicas, acesso direto e subespecialidades. Hideraldo Cabeça apresentou um panorama da Demografia Médica relacionado a demanda e oferta de vagas em residência médica no estado do Pará ao longo dos anos e abriu o espaço para responder aos questionamentos do público.

 

BIOÉTICA

O médico pneumologista e conselheiro do CRM do Pará, José Antônio Cordero e o advogado do escritório Silvia Mourão Advogados, que atende o Sindmepa, trataram sobre um tema muito importante na mesa redonda Direito Médico e Bioética. Além dos riscos jurídicos da prática médica, foi chamada atenção para o comportamento social e as interpretações jurídicas que podem prejudicar a prática médica. O comportamento dos médicos em relação à atuação profissional e a responsabilidade de cada profissional à prática médica teve debate intensificado com a participação dos acadêmicos e dirigentes sindicais presentes durante o debate.

 

PROFICIÊNCIA

O debate sobre a avaliação dos estudantes de medicina foi realizado em modo híbrido com o 9° Curso de Mercado de Trabalho do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, por meio de transmissão ao vivo. o Núcleo Acadêmico do Sindmepa decidiu debater a possível aplicação do Exame de Proficiência aos acadêmicos de medicina, visto que, atualmente, existem dois projetos de leis que preveem a aplicação de uma prova aos futuros médicos. 

 

O presidente da FMB, Fernando Mendonça, refletiu sobre o exame de proficiência aplicado aos acadêmicos conforme prevê o PL e suas consequências aos jovens, em caso de reprovação, mas não às escolas médicas responsáveis por sua formação. 

 

Waldir Cardoso chamou a atenção para o alto índice de abertura de escolas médicas nos últimos anos, em alguns casos, sem a estrutura adequada para preparar os futuros médicos para o exercício da profissão. O médico lembrou que  FMB  tem grande responsabilidade e precisa compatibilizar a posição com os anseios dos acadêmicos.

 

A realização do Exame de Proficiência Médica foi pautada também no XIV Encontro Nacional de Entidades Médicas (ENEM), em Brasília, em 2023. Na oportunidade, um documento formulado pelas entidades  defendeu a elaboração de um exame de avaliação progressiva dos estudantes de medicina durante a graduação, porém diferentemente do que estabelecem os projetos de leis em andamento.

As entidades defendem a aplicação de provas no segundo ano, quarto e ao término do curso – devendo ser conduzido em nível nacional, em processo coordenado por entidade externa à escola e sem prejuízo de avaliações internas por ela realizadas, de forma que os alunos em fase de conclusão que não atingirem a pontuação mínima exigida não possam receber seu diploma, mas tenham de sua escola apoio acadêmico até a superação dessa etapa.

 

CARTA DE BELÉM

Após a mesa redonda, os diretores do Núcleo Acadêmico do Sindmepa Hugo de Oliveira, Isadora Freitas, Sara Câmara e João Vitor dos Santos conduziram a plenária que resultará na Carta de Belém, documento que vai auxiliará o processo de efetivação das ações.